domingo, 20 de junho de 2010

Eles viram o Brasil...


É lindo o patriotismo em tempo de Copa do Mundo!
Nada impede que alguem veja o espetáculo fabuloso dos jogadores em campo defendendo sua Seleção!
Estar no estádio não é um privilégio apenas para os que vêem fisicamente, mas para todos que vêem com a alma, com o espírito, com o coração!
Por isso pudemos ver cegos no estádio vendo a Seleção Brasileira marcar 3 a 1 na Costa do Marfim... Isso mesmo! Vendo! Não podemos dizer que não viram, pois viram! Não com os olhos do corpo, mas com os olhos da alma!
É o Brasil que abre os olhos!
Eu sou B.C.Mendes e este é o Fato Social!

Obrigado pela visita!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Apagaram as Luzes

Apagaram as luzes
Se propusermos um debate sobre as questões positivas e negativas
da Modernidade, teremos que passar boa parte do tempo falando
desse que talvez seja um dos assuntos mais complexos da
atualidade. Antes de tudo devemos conceituar modernidade. Aqui,
trago para tal o conceito de Max Weber que diz que a Modernidade
“se constitui, pois, no resultado daquele processo de racionalização
preconizado pelas Luzes – ligação do conhecimento patrocinado
pelas ciências com os valores universais de progresso social e individual
– que redundou em enormes modificações não só na sociedade
como também na cultura”. Eu, particularmente, sou um adepto
aos ideais da modernidade uma vez que o conhecimento científico
é conseqüência desse processo de racionalização. Todavia, não
devemos nos abster de pontuar os aspectos não muito iluminados
da Modernidade em si. Seu projeto é algo encantador, porém as
mesmas mãos que acenderam as luzes foram as que a apagaram.
O projeto da modernidade nasce no Iluminismo, cheio de ideais positivos,
belos e universais que servirão de sustentáculos para a Revolução
Francesa. Liberté, egualité e Fraternité, (esse último que
possui um significado ainda mais profundo que na língua inglesa se
expressa por brotherhood, ou seja, irmandade), não são vistos na
prática do homem moderno. Servem apenas como embelezadores
dos propagandistas da modernidade, que se dizem “espíritos livres”,
a quem Nietzsche chama de “escravos facundos e plumitivos
do gosto democrático e de suas idéias modernas”. Não é possível
que haja liberdade, igualdade e muito menos irmandade quando
intrinsecamente ligado á modernidade está o Capitalismo, o inexorável
carcereiro do “cárcere de ferro” de Weber. Presos em suas
jaulas os homens modernos gritam, mas como retratado por Edvard
Munch, esse grito ecoa apenas em torno de si, porém as estruturas
concretas e os outros homens sequer são sensibilizados, muito antes
pelo contrário, encontram-se distante, separados como por um
campo eletromagnético. E por falar nisso, a modernidade trouxe
consigo a aclamação ao Antropocentrismo, que no projeto da Modernidade
era mais um ponto a contar positivamente, porém serviu
apenas para fazer de cada homem como um Sol: sendo o Centro e
tendo os outros girando a sua volta, porém de maneira tal que não
podem se aproximar, pois existe um campo de separação, uma força
que os impede de aproximarem-se. É por isso que apenas ele é
sensibilizado pelo próprio grito. Sou constrangido a fazer das palavras
de Nietzsche as minhas nessas linhas conclusivas, quando o
mesmo diz que “a essência eterna e imutável da humanidade encontrava
a sua representação adequada na figura mítica de Dionísio:
Ser a um só e ao mesmo tempo destrutivamente criativo”.
E para finalizar eu pergunto-nos, adeptos à modernidade: Existe
algum benefício vindo da modernidade que em suas entrelinhas
não ofereça-me subsídios para atacá-la? Antes que respondamos
sobre o desenvolvimento científico, devo argumentar que a sociedade,
lato sensu, sempre existiu antes do desenvolvimento científico.
Podemos pensar: e quanto à cura de doenças? Eu devo lembrar-
nos sobre os meios muitas vezes utilizados para obtê-la em
nome da modernidade, como nos campos de concentração alemães
durante o regime nazista. Podemos pensar: e quanto ao desenvolvimento
racional do homem? Argumento que este, dentre outras
coisas, intensificou o antropocentrismo criando um “campo
magnético” entre os homens, deixando-os distantes um dos outros
e atraindo-se como um ímã aos metais do cárcere.

domingo, 25 de outubro de 2009

Benoni Mendes




Aqui é o Benoni. Gosto de criar novos conceitos. Meu blog refletirá isso.




Bem-Vindos!

Finalmente um Contrato

Finalmente um contrato

Não vou começar dizendo que vivemos em tempos de paz, mas devo argumentar que as mais temíveis guerras não existem mais. Não estou referindo à guerras políticas nem à novas classificações de guerras que sobem os morros. Falo da guerra de todos contra todos no assombroso estado de natureza. Essa é, sim, a mais temida, pois sabemos que só podemos contar com nossa própria força e , por isso, nos sentimos vulneráveis aos mais fortes. imaginem viver sem segurança, com medo e gozando de uma liberdade superficial! Isso não é mesmo para homens, que nascem pra ter liberdade plena e viver em segurança. Liberdade é você fazer tudo que quer e sem medo. Sendo assim, percebo a superficialidade e quase ausência de liberdade no estado de natureza, pois, lá até que poderíamos fazer tudo o que quiséssemos, porém, viveríamos constantemente com medo de ser atacado por alguém mais forte, e simplesmente desfaleceríamos sem que niguém, forte o bastante para deter nosso inimigo, pudesse entrar na luta em nossa defesa. Sendo assim, conhecendo nossa própria vulnerabilidade, optaríamos por não fazer algo que pudesse oferecer risco do enfrentamento com o mais forte. logo, então, perderíamos a liberdade. Ainda pior, saberíamos que ela existe, porém, seria inatingível por todos, por causa do medo.
Mas finalmente, nós homens, em nossa magnífica inteligência e racionalidade, finalmente celebramos um contrato. Contrato esse com cláusulas de garantia da plenitude da liberdade e da excelência da segurança. Aliviados estamos com a criação do Estado; o que seonhávamos: O mais forte em defesa de todos. Muito mais, criado por nós, fruto de nossa vontade. Agora podemos fazer tudo o que queremos e sem medo, porque o Contrato criou um ser que oferece segurança e garante a real liberdade. Por ser fruto da nossa vontade, o Estado existirá para resguardar nossos interesses. Racionalmente desistimos de lutar pelas nossas vidas e correr o risco de perdê-las para os mais fortes e legitimamos o poder de lutar pela vida de todos ao Estado, que é todos. Agora sim, teremos vida longa, porque o Estado é forte e é o coletivo de todos os fracos e fortes. Somente agora desfrutamos de total liberdade; sim, total liberdade. Os que não incorporaram o Espírito do Estado podem me questionar: mas como desfrutamos de total liberdade se o Estado possui normas que não me permitem fazer algumas coisas? Onde então poderemos ver a liberdade plena? É exatamente nesse questionamento que chegamos à resposta máxima: se o Estado é fruto da nossa própria vontade, suas leis também o são. Logo o que está na norma, é o que eu não quero fazer, pois se eu quisesse, não a colocaria como proibida. E mais, como liberdade é poder fazer tudo que quero sem medo, a segurança que o Estado me oferece faz ausentar-se o medo. Sendo assim, os que acreditam que não existe total liberdade com o Estado não incorporaram o Espírito do Estado, que é o conhecimento da sua essência, o entendimento do Contrato. Incorporar o Espírito do Estado é ter a plena consciência de que o Estado só existe por nossa vontade. Portanto, se ele não me oferece segurança contra os que não incorporaram seu espírito e assim, atentam contra mim, e não me oferece liberdade, eu tenho o poder de fazê-lo não mais existir. Todavia, como sabemos do horror da sua ausência, é muito mais sensato incorporar o seu espírito e racionalizar a sua essência, pois se caso ele viole o princípio da boa fé objetiva manifestaremos nossa vontade para que suas cláusulas não se desviem de seu objetivo precípuo.

Esse artigo foi publicado na 2ª edição do Jornal Expresso Notícias de Betim- MG

Boas Vindas

Sejam Bem-Vindos!